Lula prevê ‘reciprocidade’ aos EUA em agosto e acende alerta no setor econômico
Lula em Santiago, Chile — (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
Brasília — Em mais uma de suas declarações que misturam improviso com retórica ideológica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta semana que o Brasil adotará medidas de “reciprocidade” em relação aos Estados Unidos a partir de agosto. A fala, solta em meio a críticas veladas à política externa norte-americana, foi recebida com silêncio constrangido por investidores e com apreensão por setores do comércio exterior.
Sem especificar o que exatamente significa essa “reciprocidade”, Lula levantou dúvidas sobre possíveis medidas comerciais, diplomáticas ou até tarifárias contra o maior parceiro comercial das Américas. Se a intenção era passar firmeza, o efeito pode ter sido o oposto: instabilidade, temor e desconfiança.
Reciprocidade… ou retaliação disfarçada?
Segundo analistas, o termo usado pelo presidente é propositalmente ambíguo, mas em se tratando de Lula, muitos já antecipam o pior: interferência em acordos comerciais, bloqueios burocráticos e até retaliações contra empresas norte-americanas que atuam no Brasil. O receio é que, mais uma vez, o governo tente transformar relações internacionais em palco de confronto ideológico — com alto custo para o país.
“A fala é, no mínimo, irresponsável. Reciprocidade em que termos? Tarifas? Acordos? Barreiras sanitárias? O agronegócio pode ser o primeiro a pagar essa conta”, alerta um consultor de comércio exterior que prefere o anonimato.
Brasil arrisca pagar caro por bravata ideológica
O mercado já está atento. Desde a fala de Lula, houve aumento da cautela entre exportadores e importadores brasileiros com negócios envolvendo os EUA. Uma possível “reciprocidade” mal articulada pode resultar em perda de competitividade, retaliações reais, ou até sanções veladas, prejudicando especialmente os setores de tecnologia, energia e agricultura.
Em 2023, os Estados Unidos foram o segundo maior destino das exportações brasileiras. Se Lula pretende brincar de guerra comercial, o prejuízo pode vir rápido — e pesado. E tudo isso em nome de quê? De um discurso inflamado que agrada palanques e militantes, mas desagrada profundamente a realidade econômica do país.
Conclusão: Ideologia não paga boleto
Enquanto o mundo busca cooperação e abertura de mercados, o Brasil parece disposto a comprar briga com seus maiores parceiros comerciais. A tal “reciprocidade” soa menos como política externa séria e mais como revanche ideológica embalada em populismo de palanque. Resta saber: quem vai pagar a conta dessa ousadia — além, é claro, do próprio povo brasileiro?
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